Curso de inglês no Canadá – Parte 1

Os comentários que farei aqui se referem a minha experiência nas duas escolas que estudei aqui em Toronto.

Quando estudei em Toronto pela primeira vez em 2010, estudei na escola ILAC. Na época achei a escola muito boa. O conteúdo era bom e mesmo estudando apenas um mês vi bons resultados. O melhor foi ter perdido o medo de falar. Rs

Como comparação, em 2011 fiz outro intercâmbio de 1 mês em Londres (ST. GILES) e achei que a escola do Canadá era um pouco mais forte, mais exigente.

Na minha cabeça sempre ficou claro que 1 mês era muito pouco e que se eu pudesse ficar aqui uns 6 meses meu inglês melhoraria muiiiito. Pois bem, depois de um grande planejamento estou em Toronto para ficar 6 meses. Vamos ver no que vai dar... rs

Dessa vez me matriculei na escola ILSC. Meu desejo era ir pra ILAC novamente, mas a ILAC não atende o programa que escolhi pra minha idade, por isso fui pra ILSC. A primeira impressão foi muito boa. Pessoal organizado, estrutura boa, etc.

A estrutura de ensino é muito diferente entre as duas escolas e esse é o tipo de coisa que as agências não dão muitos detalhes quando compramos os pacotes de intercâmbio no Brasil. O esquema é sempre parecido, você escolhe a escola, a carga horária, se quer ficar em homestay e pronto. É só fazer as malas. Quando você chega na escola é que você descobre como realmente funciona. No primeiro intercâmbio é tudo novidade e você não tem referências para comparar. Como já estou no terceiro intercâmbio acho que posso falar um pouquinho sobre o assunto... rs...

Antes de decidir qual escola escolher, entre no site das escolas e procure os programas de estudo, procure depoimentos de ex-alunos e se possível peça dicas para pessoas que você conhece que já tiveram essa experiência. É sempre um bom começo. Não acredite só na indicação das agências, lembre-se que o objetivo deles é vender... rs...

Todos os intercâmbios que fiz eu preferi escolher uma carga horária mediana, entre 4 a 5 horas diárias de estudo. Às vezes as pessoas vêm pra ficar 1 mês e pensam que estudar o dia todo irá ajudar a desenvolver mais. Para mim não funciona... sinceramente é muita informação, não adianta estudar o dia todo, é difícil absorver tudo. Eu indico uma carga horária média onde você também possa aproveitar as atividades sociais da escola, onde também você irá estudar, já que aprenderá mais da cultura da cidade e obviamente terá que conversar em inglês com os seus amigos.

Vamos aos programas das escolas que estudei em Toronto:

Programa geral da ILAC => aula principal + aula eletiva

Aula principal: Parte da manhã todos os dias e parte da tarde 3x na semana

Aula eletiva: 2x semana

Aula principal: estudei as 4 skills (habilidades): Conversation, Listening, Writing and Reading.

Aula eletiva: eu podia escolher algumas aulas específicas com outros professores. Exemplo: Conversation, Writing, Grammar, Pronunciation, Listening, Business, etc.

Eles também tem outros programas na aula principal como TOEFL e IELTS pra quem quer fazer a prova de certificação.

Programa geral da ILSC => aula principal + aula eletiva

Aula principal: parte da manhã todos os dias

Aula eletiva: parte da tarde todos os dias (exceto sexta-feira)

Aula principal: Comunication (CM) e Academic Preparation (AP)

Aula eletiva: você pode escolher aulas específicas com outros professores no mesmo esquema da ILAC.

Eles também tem outros programas na aula principal como TOEFL e IELTS pra quem quer fazer a prova de certificação. Também tem opções de aulas eletivas específicas para business, jornalismo, área da saúde, etc. As aulas de CM são mais voltadas para conversação. E as aulas de AP são mais voltadas para quem tem interesse em fazer faculdade em Toronto (Writing e Reading).

Em todas as escolas que estudei a metodologia de início é a mesma. Você  faz um teste no primeiro dia pra definir o seu nível de inglês. E mesmo as escolas tendo um curso padrão você pode escolher se quer fazer o curso padrão ou se vai para cursos específicos, como TOEFL ou IELTS. Às vezes o preço é diferente, por isso, se você deseja fazer esses cursos de certificação, já decida quando comprar o seu pacote no Brasil, assim você já terá sua turma específica.

Meu ponto de vista sobre a ILAC: Eu acho a aula principal mais forte e com mais conteúdo. Como você tem todas as 4 skills na mesma aula, acho que o desenvolvimento é mais forte, tem mais base. As provas são mais puxadas e não é tão fácil mudar de nível. As aulas eletivas não vi muita diferença entre as duas escolas.

Sobre a ILSC: Estudei CM 2 meses e AP 1 mês, então pude ver as diferenças entre os dois sistemas. Achei CM muito fraco. Os livros são muito fracos e se o professor não incrementar, a base é muito fraca. Tem pouca gramática e escrita. Os assuntos abordados às vezes são muito bobos e o vocabulário fraco. Alguns professores pensam da seguinte forma: você estuda CM de manhã pra treinar conversação e estuda gramática a tarde, então completa o pacote. Não concordo. Vi vários professores tentando fugir um pouco do livro e incrementando as aulas para fortalecer a base dos alunos, mas depende muito do professor.

As aulas de AP são mais fortes porque tem mais gramática e escrita, mas não tem muito foco em conversação.

No final acho que o que fiz deu certo... primeiro fiquei no CM pra destravar a língua e peguei pesado na gramática e escrita nas aulas eletivas. No último mês fui pro AP onde usei tudo o que tinha estudado antes. Mas se eu não tivesse estudado gramática e writing antes, tinha dançado ... rsss

Entre as duas escolas, continuo achando a ILAC melhor, principalmente pra quem vem estudar somente 1 mês. Fiz alguns amigos brasileiros que vieram pra ILSC somente 1 mês de férias e eles reclamaram muito que o desenvolvimento foi bem menor que o esperado.

Como esse post já ficou gigante, no próximo faço mais alguns comentários sobre os cursos de inglês aqui em Toronto.

Mas o que todos me perguntam é se estou falando fluente... gente, é impossível ficar fluente em 1 mês, em 3 meses, em 6 meses. Falar como um nativo exige mais tempo e muita dedicação. Realmente você tem que morar no país, viver um tempo... e a fluência virá automaticamente. Porque a história do decorar não funciona a longo prazo... você vai esquecendo as coisas. Por isso nada melhor que o dia-a-dia pra fluência vir naturalmente.

Eu e Alberto desenvolvemos uma teoria... Eu digo que somos “quase” fluentes no seguinte sentido: estamos nos virando sem problemas por aqui. Conseguimos conversar com qualquer pessoa, vemos programas de TV e entendemos o que está acontecendo, estamos viajando por outras cidades sem dificuldades, pedimos informações, já tivemos que reclamar com empresa de telefone (kkkk) e foi tranquilo, vamos ao mercado, etc, etc... ou seja, conseguimos viver aqui como se estivéssemos no Brasil. Se isso não é ser fluente, o que mais pode ser? rsss